Oficialmente, ainda não me dirigi a quem de direito.
Razão pela qual, não vou citar o local; mas apenas desabafar.
Num determinado troço do rio que passa aqui ao pé de mim, a estrada acompanha-o.
O proprietário das terras que ficam na margem esquerda, através do seu caseiro, foi empurrando as terras para o rio, obrigando, por efeito de erosão, a que o rio começasse a fazer uma curva.
Como este processo se iniciou há muitos anos; as canas foram avançando e o rio viu-se obrigado a começar a comer a estrada.
Ora, como eu sou o proprietário das terras do outro lado da estrada, vou assistindo à destruição que vai sendo feita, inclusivamente por máquinas da autarquia que, para manter a largura da estrada, me vão lambendo a fazenda.
Há três anos foi uma carreira de cepas - sem dó nem piedade!
A verdade é que, se eu voltasse para o mesmo sítio de então, a estrada já não existia.